domingo, 18 de setembro de 2011

  


   Pela janela daquela casa junto ao mar, vê-se um mundo totalmente diferente, pode-se sonhar sem nunca olhar para trás, conseguimos ver uma realidade completamente especial.
   Consigo sentir aquele cheiro da maresia que paira no ar, ouço o som dos ondas que vêem rebentar na praia, fecho os olhos, sinto a areia doirada e tão fina por debaixo dos meus pés molhados pela água salgada que tantos mundos percorre.
   É por aquela pequena janela, aquele rectângulo de madeira com um frágil vidro, que olho e vejo aquele imenso azul que me faz sentir calma, que me faz voar, sonhar, faz-me sentir livre. Ao olhar para ele não vejo problemas, não sinto a pressão da vida por de trás daquela janela, consigo imaginar-me num veleiro onde eu sou o capitão e decido o rumo da viagem, imagino-me a dominar todas as ondas, a remar contra ventos que sopram a altas velocidades, eu ali no meio do mar sigo sozinha sem ninguém me dizer que rota tomar, sou eu sozinha que sei o que é lutar contra tempestades nunca antes vividas. E quando tu parece no fim, quando parece que aquela tempestade tomou conta de mim, abro os olhos e vejo que tudo o que vivi foi pura imaginação, mas ao mesmo tempo sinto que aquele sonho não foi em vão, mostrou-me o quanto sou forte, o quanto consigo desenhar a minha própria rota, o meu própria, por mim mesma, pelas minhas únicas mãos!

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