O caminho cada vez é mais apertado, cada vez mais o ar é pesado, denso, não deixa respirar, a vontade de caminhar perde se a cada passada, o silêncio cada vez é mais ensurdecedor...
A tua ausência não é mais uma constante dolorosa, é a dor constantemente presente e sentida que me teima em mostrar que viver sem ti é a realidade mais profunda, mais dolorosa, mais constante...
O vazio é agora a única presença, a única certeza, a lembrança permanente que nunca mais existirá o conforto que só tu és, só tu tens, só tu me dás. O vazio insiste em mim e não me abandona mais.
Desistir parece fácil, parece a única saída mas nem assim te terei, nem assim...
Sei o que não queres, sei que algum sentido terá, mas a minha cegueira não permite entender, não me deixa aceitar...
E agora...? E agora...?