quinta-feira, 2 de maio de 2013



04 de Abril de 2013
   Aqui estou eu, novamente, a escrever, ainda não parei de me sentir estúpida em escrever isto, mas só assim me sinto confortada, ouvida e, ironicamente, amada.
   Hoje fiz uma viagem, o sorriso rasgava-me a cara, a felicidade saía-me do rosto tal como as gargalhadas. Todos os que olhavam para mim ficavam contagiados, diziam, pensavam que estava feliz e que realmente estava bem.
   Havia um lindo jardim, um passeio perfeito para nós dois, dei comigo a olhar para o vazio do jardim cheio e imaginar esse passeio onde tu me darias a mão, onde me protegerias de todos os outros que olhassem para mim, onde estavas disposto a afastar todos com um único dedo ou então com uma única frase: “Afasta-te, ela é minha!”. Mas que parvoíce, tu nem lá estavas, nem isto se poderá realizar, não estas aqui!
   Ai ai aquela felicidade! Ninguém me olhou nos olhos para realmente perceberem que algo errado estava a acontecer em mim, os meus olhos diziam que morria por dentro, diziam que a tua falta era tanta que o meu coração batia mais forte sempre que o teu nome ecoava no ar, fecho os olhos e eras tu quem aparecia.
   Cheguei a casa e isolei-me, só queria um sinal, uma mensagem, algo que me dissesse que estavas lá, ao pé de mim, não estavas, nada me mandaste! Não devo merecer nada para nem isto me mandares, todos estão perto de ti e eu? Já não conto? Já não te lembras de mim? Sabes ainda aqui estou, ainda acredito em ti, não me deixes sim? Não me ignores mais, não me deixes de proteger, não vás embora outra vez.
   Quero-te aqui, será pedir de mais? Estás longe, não só fisicamente como também “sentimentalmente”. Se calhar a culpa ate foi minha, se calhar não estive la como devia ou quando devia. Se calhar não dei o que devia de dar. Devia ser a pessoa perfeita, a perfeição, mas apenas desiludo toda a gente, até a ti, tu que mais me protegias e defendias, mas nada disso faz sentido, já não estás aqui, e eu que tanto preciso. Sinto-me tão desamparada já ninguém me ouve, tudo tem as suas vidas, os meus problemas já são tão velhos, não há paciência para estes velhos dilemas, mas restam-me estas folhas que ouvem e também consolam.